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domingo, dezembro 27, 2020

Cálice da vida



2020 morre e com ele morre parte de mim.  Morreu  o meu berço explêndido. Perdão, minhas emoções te assassinaram. Nele estava as indecisões e a dor do óvulo infecundado. O seu último pulsar foi com amor. Aquele que  não o tocou, mas lhe marcou. Suas memorias continuam em suas partes vivas. 
E, na difícil decisão em mutilá-lo realizada com Amor. 


quinta-feira, dezembro 24, 2020

Natal 2020

 


O Natal retoma o Nascimento de Jesus. 
Este dia é comemorado na maior parte do mundo, com festas.  Entretanto, nesse ano não podemos nos abraçar e trocar nossos presentes. Sendo assim, comemoramos o maior que temos em nós A VIDA.  Neste ano,  2020 tantos perderam suas vidas, devido à COVID-19. Tantos lamentos e choros, que a morte ficou “quase” banalizada. Assim sendo, nós que permanecemos vivos frente a pandemia permitamos que o AMOR reine na terra.

 Que os presentes dos reis magos: (o Ouro que simboliza o rei, - o Incenso que reconheceu a divindade e a - a Mirra – o humano que irá passar pela experiência da morte), possa ser relembrado em nossas vidas. Pois, somos os nossos reis e rainhas, somos as criaturas de Deus e iremos experimentar a morte. Dessa forma, a vida deve ser celebrada sempre.

 Celebro a vida com meus amigos, principalmente aqueles que gastaram horas comigo. Aqueles que estiveram comigo em momentos alegres e tristes. Aqueles que cuidaram de mim no momento de minha fragilidade.  Obrigada amigos por existirem. Obrigada por ser o meu Natal. Obrigada por permanecerem vivos. 

Amo a todos vocês.

FELIZ NATAL

Músicas Natalinas da Orquestra de Heliopólis

https://youtu.be/cgCvWj4YMoM

terça-feira, outubro 13, 2020

O meu amigo

 A vida nos transforma.

Uns se tornam rudes,

cruéis, insensíveis.


Cotidiano, máquina de transformar homens.

Capitalismo, moedor de amor.

Realidade, esmagadora de sorrisos.


Dinheiro, ladrão do amor,

ladrão da felicidade.

Imitador da felicidade.


Cotidiano de sonhos,

Capitalismo explorador de vidas.

Vidas se tornam produtos.


Produtos vendido a granel.


Para: JCMCO





terça-feira, setembro 29, 2020

Sonho meu

Tentando cantar e encantar:  Sonho meu


segunda-feira, setembro 28, 2020

Compulsividade que agride

Compulsividade que espanta. 

Se direcionada ao masculino

pensam ser amor de possessão.

Tento explicar, mas a situação piora. 

Em cada escrita ganha a compulsividade.

Sua aparição e o desaparecimento o outro.

O outro se espanta e ela ganha.

Essa inimiga invencível.

Quero matá-la. Assassiná-la.

Sou vencida por ela.

Prendo-me. Amarro-me.

Ela se desvencilha.  Vence.

Nesse processo compulsivo,

escritas são produzidas,

mas, os versos são apagados, também por ela.

Na busca de contê-la, sofrimento. 

Compulsividade, estonteante,

gritante, agressiva.

Sem educação.

Conduz-me a perder toda mesura feminina.

Prendam-a se for capaz.

Liberte-me da obsessão que, às vezes, aparece.

Enviam-me notinhas...

Por favor, não é a mim que deves esclarecer

É a essa sem classificação compulsividade.


sexta-feira, setembro 18, 2020

EE Charles de Gaulle

                                                



 

quarta-feira, setembro 16, 2020

Mudam-se os tempos, mudam-se os desejos

A vontade de andar de moto dele passou será que foi a tranformação do chão? 


 

 



Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, 

muda-se o ser, muda-se a confiança,

tomando sempre novas qualidades.


Continuamente, vemos novidades, 

diferentes em tudo da esperança, 

do mal ficam-se as mágoas na lembranças,

e do bem (se algum houve), as saudades.


O tempo cobre o chão de verde manto,

que já coberto foi de neve fria,

e, enfim, converte em choro o doce canto. 


E afora esse mudar-se cada dia, 

outra mudança faz de mor espanto,

que não se muda já como se soía.

Au: Luís Vaz de Camões.


Poeta!

Eu queria entender essas mudanças.

Não a transformação do chão de manto verde em neve;

mas, do amor ao odio e indiferença,

diferença, que em relação ao tratamento,

são desiguais e contraditórios.


Outros tempos você também escreveu:

"O amor é fogo que arde sem se ver,

é ferida que doi e não se sente,

é um descontentamente descontente,

é dor que desatina sem doer."


Então, digamos que o amor não existe?

Pergunto, pois hoje me perguntaram sobre o amor.

E o amor?

O amor. Que coisa de amor é esse?

Esse amor que querem que eu defina, 

com palavras, então uso as suas poetas,

mas quando me pedem a própria definição,

Eu me confundo toda. 

Então, cá estou te indagando, o amor...

O amor existe?


sexta-feira, agosto 14, 2020

Estudar durante a pandemia

Eu

Hoje, fazendo o curso de educação na saúde, da Faculdade de Medicina da USP.
Esse curso é maravilhoso. Tenho aprendido entre os muitos amigos médicos.
Aprendido que a enfermagem deve começar a fazer a mesma coisa.

sexta-feira, agosto 07, 2020

Sintra, Portugal


A sensibilidade do observador é encantadora.

quinta-feira, agosto 06, 2020

Estações


Aqui estamos novamente.
Sem saber o que somos.
Queremos.
A certeza das dúvidas.
Incertezas sem questionamentos.
Narrativas.
Oscilantes, estonteantes.
Sim ou não, quiçá seja real.
Unidos e sozinhos.
Acompanhados.
(Des) compromissados.
Respostas sem perguntas.
Caminhamos sem destino.
Sem tempo fixo.
No outono eras jovem e assíduo.
Jogavas com o espelho.
Tempo...
O inverno chegou.
Transformamos.
Continuamos.
Pares.
Para você JCMCO

terça-feira, junho 23, 2020

Trabalho doméstico - das mulheres

Lendo o livro de Angela Davis, Mulheres, raça e classe, da Editora Boitempo; 2019; me deparo com uma situação que as mulheres, ainda hoje, vivenciam - o trabalho doméstico. Este trabalho é imposo a mulher como seu de direito. Ela gasta horas limpando, lavando, cozinhando e cuidando dos seus entes próximos de uma forma infindável. Este trabalho visto somente quando não realizado por aqueles que  usufruem sem gastar tempo executando-o.

Em contato com mulheres jovens moradoras das regiões periféricas de São Paulo, elas tem se revoltado e se rebelado a esse papel que suas mães querem lhes atribuir. Fato que gera estresse tanto em suas mães como nessas adolescentes que se recusam a tomar para si esse papel.  Papel esse desempenhado pelas mulheres, e muitos homens usufruem desse trabalho sem se dar conta do milagre do feijão cozido à mesa.

Esse milagre atribui a mulher o que Lenin diz: " as insignificantes e mesquinhas tarefas domésticas esmagam, estrangulam, embrutecem e humilham [a mulher], aprisionam-na à cozinha e ao quarto das crianças e desperdiçam seu trabalho em uma lida brutalmente improdutiva, insignificante, exasperante, embrutecedora e esmagora". (Vladimir Ilitch Ulianov Lenin. Panfleto originalmente publicado em julho de 1919, apud Angela Davis).

Temos entao, que já se passaram anos e as adolescentes jovens ainda estão se revoltando desse papel esmagador que a sociedade quer atribuir a mulher. É hora de revisitarmos essa situação.

domingo, junho 14, 2020

COVID BABY BOOMER

Depois da segunda Guerra Mundial  entre (1946 e 1964) na Europa, houve o baby boomer. Nestes dias, da COVID-19 todos sabemos que haverá um boom de gestação. Como será o nome dessas crianças, eu chamo neste momento de COVID BABY BOOMER. É uma preocupação marcante para os países pobres o nascimento dessas crianças. As  revistas já estão anunciando.

Sem comentários.

domingo, maio 31, 2020

O que faz os meus vizinhos durante a COVID?

Após um bom tempo de confinamento, alguns resolveram mostrar suas habilidades artísticas. Um homem abriu a janela e se pôs a cantar os clássicos. Cantou e cantou, assim como fizeram os italianos.  Olhando a habilidade do vizinho, na próxima semana um pianista, colocou frente à sua janela um microfone e tocou. Tocou todas as músicas que o ouço ensaiar todos os dias.  Vocês acham que os demais vizinhos ficaram dentro de suas casas para ouvi-los?  

Isso mesmo, não ficaram. Espantosamente, foram para fora aplaudir os artistas. Pediram bis, aplaudiram e acharam que estavam em um teatro na janela.  É não para por ai.
Temos as mães com seus filhos sem as aulas escolares. As mães com os filhos pequenos, pensam que estão em férias prolongadas. Elas colocam suas máscaras caseiras e vão no parque em frente à minha janela. Lá ficam assistindo as crianças brincarem. Todos os dias estão lá mães, pais e filhos no parque esperando o COVID-19 passar, e as crianças retornarem para os seus professores.

O subsíndico do prédio resolveu colher abacates. Pegou todos os abacates e saiu nas portas distribuindo. Tocou na minha porta, não atendi. Depois abri a porta é vi que havia deixado dois grandes abacates para mim. Já o síndico, resolveu me dizer que o banco não sinalizou o pagamento do meu condômino. Para dar esse aviso, pediu que o segurança viesse em minha porta para dar o recado. Óbvio, que eu fiquei brava e encaminhei um e-mail dizendo que em época de pandemia estamos utilizando os meios virtuais para nós comunicar.

Embora, com alguns desencontros os vizinhos estão se ajustando. Eles continuam cantando, levando os filhos no parque, saindo para correr como se o COVID-19 tivesse dado a eles a liberdade de ficar em casa alguns tempos fora das férias planejadas.  

segunda-feira, maio 18, 2020

O que faço durante o afastamento social devido o COVID-19?

Iniciei vários projetos.

O primeiro Projeto. Estudar matemática no Khan Academy  Começei a estudar lá da primeira série e fui até ao 5 ano.  Fui assídua, fiz várias atividades para passar adiante. Projeto fracassado. Motivo: tinha que gastar muito tempo fazendo muitos e muitos exercícios para passar adiante.

Segundo Projeto. Fazer comidas simples, com poucos ingredientes mas saborosas.  Escrevi algumas receitinhas e compartilhei. Projeto fracassado. Motivo: minha listinha de mercado não era suficiente para abarcar as receitinhas. Se pudessémos ir livremente no mercado, provavelmente, o projeto teria continuado.

Terceiro Projeto. Reunião familiar todos os dias as 18 horas. Nesses encontros falaríamos do dia, leríamos um capítulo da bíblia, oravámos e finalizava. Projeto fracassado. Motivo: as pessoas chegavam no encontro com o pé para ir embora. Vinham todos com pressa e eu querendo dialogar. Além disso, a lider não podia ser contrariada.

Quarto Projeto (em andamento). Cantar, gravar e enviar ao grupo da família.  Cantei algumas músicas e enviei ao grupo da família. O projeto possui alguns resultados que pode ser confirmado com um vídeo no  Youtube com parte da família cantando. Link para o projeto: Convida20

Quinto Projeto (em andamento).  Minha amiga e eu vamos ler juntas pelo Hangout. O primeiro livro será do autor José Saramago, título "O conto da Ilha desconhecida".

Sexto Projeto (em andamento).  Fazendo ginástica aeróbica e localizada 03 vezes por semana que pode ser acessado pelo YouTube Em forma. É ótimo porque é uma robozinha.

Participação em Projeto (em andamento).  Gravar um podcasting sobre ação da enfermagem na COVID-19.

Bem, como visto, alguns projetos não estão indo adiante. Acho que eles não tiveram sucesso, pois tenho muitos trabalhos que exigem Atenção Plena.

domingo, abril 19, 2020

domingo, abril 12, 2020

CONFINAMENTO

Em tempo de confinamento, percebemos como é bom ter bons amigos.
Eles abrem suas casas para nos receberem e proseamos utilizando a comunicação, mais moderna do momento: as redes sociais. Já imaginaram se não tivéssemos esse recurso?
Vamos em frente!

quinta-feira, fevereiro 27, 2020

Na poesia a alma resiste ao corpo

Escrever é uma arte.
Escrever poema é desafiante. Ele busca a inspiração na alma.
A alma presa ao corpo deixa se manifestar pela poesia.
A mente então passa a buscar as experiências da alma.

O fato é que nem todas as experiências são dignas de se transformar em poesias. Às vezes, as experiências são dramas, tragédias, comédias.  Assim, as palavras são trazidas ao papel, somente aquelas que a alma libera, deixando a alma escapar da prisão do corpo.

Ela presa ao corpo não pode voar, voar perto aos que ama. Não pode caminhar perto de seu criador por sua prisão ao corpo doente e mortal.

Logo, sua fuga e se derramar e liberar-se no papel. Em cada poesia ela sai, ela vive, ela voa. É dessa forma que a alma sobrevive ao corpo mortal.

sábado, janeiro 11, 2020

Vinicius

Escrever é fugir da emoção.
Quanta verdade, diz Vinicius.
Escrevo buscando e me entregando ao amor.
Além de despejar nas palavras,
As dores daquilo que não pude ter.

segunda-feira, janeiro 06, 2020

Vivo morto

Volta janeiro, muda o ano e eu permaneço.
Permaneço com a expectativa do diferente.
Os homens reproduzem a igualdade nas diferenças.

Tudo igual. A chuva fininha na minha janela.

Ele ainda permanece no leito branco e gelado.
Cooptado pela igualdade de raça.
Vou até a janela espiar e lá está ele.
Morto.

Morreu para a vida.

Sua boca temporada não diz NADA.
Proibiram-no de dizer.
Apenas canta misérias do passado distante.

Suicídio?
Talvez.
A mesmice da vida não permite reconhecer,
Morte e vida se mesclam na mesmice.
Mataram-o.