Estou refletindo como expressar,
a tristeza que me invadiu,
no momento em que Ele
recusou segurar as minhas mãos.
Minhas mãos que regam plantas,
mãos que cuidam dos doentes,
que preparam alimentos, e
alimentam os carentes.
Mãos fortes e macias, mãos
que cuidou de tantos que se foram,
Mãos que se estendem aos necessitados.
Mãos que já amparou Ele, mãos
que enxugou as lágrimas dele.
Mãos que nunca se negaram ao ato de cuidar.
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sábado, fevereiro 23, 2019
Viagem à incerteza
As luminárias estabelecem-se no céu.
Raios de sol iluminam os mares.
Suas águas no vaivém
Silenciosamente se movimentam.
Danço no vaivém da água e,
com a melodia do vento,
que secretamente soletram
os desejos do seu coração.
Refém desses segredos, eu vou
percorrendo, canto a canto esse infinito,
na vulnerabilidade desse amor.
Tu apareces na margem nu.
Como um cravo a ser colhido.
Sem o motor vermelho pulsátil.
Raios de sol iluminam os mares.
Suas águas no vaivém
Silenciosamente se movimentam.
Danço no vaivém da água e,
com a melodia do vento,
que secretamente soletram
os desejos do seu coração.
Refém desses segredos, eu vou
percorrendo, canto a canto esse infinito,
na vulnerabilidade desse amor.
Tu apareces na margem nu.
Como um cravo a ser colhido.
Sem o motor vermelho pulsátil.
domingo, fevereiro 17, 2019
Almas perdidas
Um homem perdido,
ouve contos de fadas, criados e
contados por sua Nora,
que o detém com suas histórias.
Assombrando a noite dele,
ela com sua palidez
narra seus contos de mentirinha,
petrificando-o nessa tortura.
Ele amedrontado,
esconde a cabeça no travesseiro
querendo dormir e apagar.
Ela deita ao lado dele e,
o seu corpo frio congela-o.
Acordam no Inferno de Dante.
ouve contos de fadas, criados e
contados por sua Nora,
que o detém com suas histórias.
Assombrando a noite dele,
ela com sua palidez
narra seus contos de mentirinha,
petrificando-o nessa tortura.
Ele amedrontado,
esconde a cabeça no travesseiro
querendo dormir e apagar.
Ela deita ao lado dele e,
o seu corpo frio congela-o.
Acordam no Inferno de Dante.
sexta-feira, fevereiro 15, 2019
Novas Aquisições
quinta-feira, fevereiro 14, 2019
terça-feira, fevereiro 12, 2019
De passagens
quinta-feira, fevereiro 07, 2019
Troca
Ele rompia com as mulheres.
Em cada troca,
Em cada troca,
elas deixavam com ele,
alguns pertences.
alguns pertences.
Vestidos. Casacos. Calçados.
Perfumes. Acessórios.
Lentamente.
O guarda-roupa dele tornava-se feminino.
Preenchido totalmente.
Ele escolhe entre as peças,
aquelas que lhes caem melhor
E sai.
E sai.
quarta-feira, fevereiro 06, 2019
sexta-feira, fevereiro 01, 2019
Son of Saul – o filme
O filme é triste. Para assistir, dividi em dois momentos. Escrevo essas linhas para
reflexão.
A função do Saul era trabalhar no campo de concentração como “Sonderkommand”. Nessa função, executava as piores tarefas, tais como, acionar as câmeras de gás, colocar os
corpos dos judeus na máquina de moer ossos e limpar as câmeras e máquinas. Enquanto assistia, fiquei pensando na maldade do
humano. O que o homem não foi capaz de fazer, ou é capaz de fazer, para se
tornar superior. Creio ser por isso, que os alemães escondem essa
atrocidade, presentes nas veias de cada um deles. Fiquei pensando, como Deus cumpre as
promessas. Ele prometeu a Abraão, que os judeus iriam se espalhar sobre a terra. Embora, com todas essas atrocidades, este povo se mantém em pé. Além disso, não
são pobres. Como
dizia um judeu amigo para mim:
Os judeus venceram, mas para isso, uniram-se
e lutaram para não serem exterminados da terra
Este judeu havia resistido ao campo de
concentração. Ele tinha a marca que os judeus recebiam dos alemães. Alguns de seus parentes morreram nos campos de concentração. Ele também, fazia uma
relação dos judeus com os negros. Ele dizia:
Os negros matam uns aos outros, os negros não se
respeitam, os negros não se unem enquanto raça para mudar a situação social no
qual se encontram.
Hoje, me aprofundando nas
questões sociais e, nas dinâmicas realizadas pelos sujeitos para se sentirem
superiores, concordo com a fala desse judeu. Fazendo uma relação do filme, principalmente, de Saul com alguns negro/as da atualidade, acredito que eles não fariam o mesmo. Do meu ponto de vista, pensariam apenas em salvar a própria pele. Não pensariam em rabino ou
pastor, para uma oração no sepultamento do filho, dado que a morte naquele espaço, estava regularizada e simplificada. Penso que, alguns fariam como tantos outro/as, os quais viram as
costas para suas origens e são cooptados pelo embranquecimento e classismo, com o objetivo de serem inclusos
socialmente.
Atualmente, está havendo um movimento social, em que os negros têm
buscado a inclusão social e lutado pela dívida que a sociedade tem para com eles. Em vista disso, escuto afirmações, tais como, os negros querem privilégios. Se de um lado, há os negros que lutam pela
inclusão social com justiça. Por outro lado, há os que rompem com suas raízes buscando mobilidade social. Inclusão e mobilidade social questionáveis, dado que, trazem na pele o marcador social da diferença, independente do lugar que ocupam. Como mulher negra, acredito na transformação da sociedade. Concordo com os profetas do tempo, um dia, "o povo do Norte pedirá abrigo ao
povo do Sul," enquanto isso, vamos caminhando, buscando fazer diferença por onde
andarmos.
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