Procura-se alguém
Que escute teus lamentos e sonhos
Seus sonhos são sós seus, nada pode ser acrescentado.
Vejo-te chorando pelos sonhos
Queres que eles sejam realizados
Não olhas em volta
Você grita por seus sonhos
Sonhos, sonhos, sonhos. Como realizá-los!
Você dormiu não viu a vida passar
Talvez o sonho que queres aconteceria
Sua mente fixa no sonho não percebeu
Não realizou algo essencial para torná-lo real
Estás perdendo a calma, correndo.
Sufocado pela ânsia de materializá-los
Choras, esperneia, grita na janela.
Fala aos amigos e errantes
O tempo passou, está passando, vai passar.
Novamente. Não paras, para observar.
Acreditas que fizeste de tudo
Deixou a vida escapar
Queres o sonho
Nas apresentações fizestes almoços e jantares
Esquecias a velas para iluminar
Fez o palco sendo o protagonista principal
A artista tem que conhecer o trivial
Tirou todo coadjuvante
Escreveu o dialogo pautado no sonho
Um, dois, três, quatro, cinco, seis.
Muda o cenário, a mesma peça.
Mantém a artista; chamas outras para testes.
Não serve. Mantém.
Sete, oito, nove, dez, onze.
Destrói o palco
Demite a artista, muda o cenário.
Tem a peça toda escrita...
Não pode ser mudado nada
Choras. O tempo está passando
Cenário novo, peça antiga.
Sempre no mesmo papel – o principal
Chamastes a mesma artista
Ofereces o mesmo papel
Reescrevemos, construiremos cenários.
Ação. Murmuras o sonho
Doze, treze, catorze, quinze.
Para. Para. Não serve.
O papel já está escrito. Quero o sonho.
Desesperado, correndo, suado.
Apaixona-se, presenteias. Veloz
Corre novamente o risco de passar.
Um, dois, três, quatro, cinco, seis.
Sete, oito, nove, dez, onze, doze.
Treze, quatorze, quinze...
ACABOU...
A peça do sonho não realizou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário