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quarta-feira, novembro 09, 2005

Ao meu pai

Procuro no palco focar o belo

Impossível

Vejo as cortinas se fechando

Grito outra vez. Sem respostas

Procuro auxilio. Nada

É assim a vida. Tudo tão de repente.

Não queria esse cravo murchando

Ponho-o ao sol

Trago-o a sombra

Coloco água.

Procuro os melhores biologistas

Médicos enfermeiros

Cientistas

Não decifram a imortalidade

Mantenho a calma

Às vezes escrevo demais

Outras vezes séria demais

Outras vezes brinco demais

De relance olho

A cortina continua fechando

O show está por terminar

Te abraço

Digo que valeu

Que foi bom ter você

Que te amo

Amaria ter você sempre

Na vivacidade de viver

Viver sem a morte celular

Células

Células que te dá vida

Saiba eu te amo

Sempre vou TE AMAR

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