Sentada, olhando a natureza e o seu canto, sou interropinda para realizar uma foto. Faço a fotografia após todas as explicações que ela queria que estivesse na tomada. Pronto. Ficou muito bom. Ótimo que gostou.
Volto a olhar a natureza e novamente outra interrupção. - Pena que não trouxe o meu maiô da grife tal. Escuto indiferente, e o dialógo continua. - Esse maiô pode ser comprado no Shopping Cidade Jardim. Interessante, acho que nunca fui nesse shopping.
- Ah, lá você terá dificuldade de entrar, porque só tem entrada para carros.
Eu não fiz questão de ter um carro na vida,já tive mas desisti. Eu sei, respondi. A conversa continua. - Se você for lá, com essa sua cor, vai ter muitos seguranças andando atrás de você.
Escuto essa narrativa e fico irritada, porque além de estar atrapalhando o meu silêncio para ouvir a natureza, traz nesse momento a estupidez do humano.
Em casa.
A conversa continua e as grifes estavam presentes. Às vezes, penso que ela tem uma relação psicótica com as marcas, grifes como ela diz. Mas, são meus devaneios.
A outra.
Vamos trabalhar, temos que deixar a casa limpa. Elda, vêm aqui. O que quer?
Venha me ajudar, pegue o sanitário dos gatos e retire suas fezes. Eu? Eu não tenho gato nem cachorro para limpar suas fezes, não vou mesmo fazer isso. Além disso, fezes de gato dá leptospirose.
A única normal estava lá fora tomando uma cerveja e olhando a natureza.