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sábado, janeiro 04, 2025

Grifes

Sentada, olhando a natureza e o seu canto, sou interropinda para realizar uma foto. Faço a fotografia após todas as explicações que ela queria que estivesse na tomada. Pronto. Ficou muito bom. Ótimo que gostou. 
Volto a olhar a natureza e novamente outra interrupção. - Pena que não trouxe o meu maiô da grife tal. Escuto indiferente, e o dialógo continua.  - Esse maiô pode ser comprado no Shopping Cidade Jardim.  Interessante, acho que nunca fui nesse shopping.
-  Ah, lá você terá dificuldade de entrar, porque só tem entrada para carros. 
Eu não fiz questão de ter um carro na vida,já tive mas desisti. Eu sei, respondi.   A conversa continua. - Se você for lá,  com essa sua cor, vai ter muitos seguranças andando atrás de você. 
Escuto essa narrativa e fico irritada, porque além de estar atrapalhando o meu silêncio para ouvir a natureza, traz nesse momento a estupidez do humano.

Em casa.

A conversa continua e as grifes estavam presentes. Às vezes, penso que ela tem uma relação psicótica com as marcas, grifes como ela diz. Mas, são meus devaneios.

A outra.

Vamos trabalhar, temos que deixar a casa limpa. Elda, vêm aqui. O que quer?
Venha me ajudar, pegue o sanitário dos gatos e retire suas fezes. Eu? Eu não tenho gato nem cachorro para limpar suas fezes, não vou mesmo fazer isso. Além disso, fezes de gato dá leptospirose. 

A única normal estava lá fora tomando uma cerveja e olhando a natureza.




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