Tentando cantar e encantar: Sonho meu
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terça-feira, setembro 29, 2020
segunda-feira, setembro 28, 2020
Compulsividade que agride
Compulsividade que espanta.
Se direcionada ao masculino
pensam ser amor de possessão.
Tento explicar, mas a situação piora.
Em cada escrita ganha a compulsividade.
Sua aparição e o desaparecimento o outro.
O outro se espanta e ela ganha.
Essa inimiga invencível.
Quero matá-la. Assassiná-la.
Sou vencida por ela.
Prendo-me. Amarro-me.
Ela se desvencilha. Vence.
Nesse processo compulsivo,
escritas são produzidas,
mas, os versos são apagados, também por ela.
Na busca de contê-la, sofrimento.
Compulsividade, estonteante,
gritante, agressiva.
Sem educação.
Conduz-me a perder toda mesura feminina.
Prendam-a se for capaz.
Liberte-me da obsessão que, às vezes, aparece.
Enviam-me notinhas...
Por favor, não é a mim que deves esclarecer
É a essa sem classificação compulsividade.
domingo, setembro 27, 2020
sexta-feira, setembro 18, 2020
quarta-feira, setembro 16, 2020
Mudam-se os tempos, mudam-se os desejos
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
muda-se o ser, muda-se a confiança,
tomando sempre novas qualidades.
Continuamente, vemos novidades,
diferentes em tudo da esperança,
do mal ficam-se as mágoas na lembranças,
e do bem (se algum houve), as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
que já coberto foi de neve fria,
e, enfim, converte em choro o doce canto.
E afora esse mudar-se cada dia,
outra mudança faz de mor espanto,
que não se muda já como se soía.
Au: Luís Vaz de Camões.
Poeta!
Eu queria entender essas mudanças.
Não a transformação do chão de manto verde em neve;
mas, do amor ao odio e indiferença,
diferença, que em relação ao tratamento,
são desiguais e contraditórios.
Outros tempos você também escreveu:
"O amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que doi e não se sente,
é um descontentamente descontente,
é dor que desatina sem doer."
Então, digamos que o amor não existe?
Pergunto, pois hoje me perguntaram sobre o amor.
E o amor?
O amor. Que coisa de amor é esse?
Esse amor que querem que eu defina,
com palavras, então uso as suas poetas,
mas quando me pedem a própria definição,
Eu me confundo toda.
Então, cá estou te indagando, o amor...
O amor existe?