Il baccio
Francois-Auguste-René Rodin
Eras triste ...
Sem sorriso... Completamente na escuridão.
O sol não invadia seu quarto.
Não recordavas o som de sua voz
Suas roupas sempre as mesmas sem ter sentido em trocá-las...
Bati em tua porta!!! Esperei horas... Não me respondias...
Retirava-me trazendo a esperança...
Esperança de mostrar-te a luz, nem se fosse por uma fresta da janela.
Retornava... Retornava com a certeza de encontrar-te com vida...
Tinha medo que dormirias para sempre. Medo.
Medo que não suportasse.
O tempo passou.
A espera não me incomodou.
Ouvia seus passos em direção a porta.
Certamente abrira, eu pensava...
Não. Não dessa vez. Retornavas.
Achastes força deixando a porta aberta me permitindo entrar.
Entro!!! Vejo-te. Engordastes da ociosidade da solidão...
Não quer que eu lhe veja... Negas a dirigir seu olhar.
Tímido.
Não. Não quero falar...
Não tenho nenhum assunto.
Eu te trago o assunto.
Você!!!
Você Homem. Você o Homem.
Homem sozinho.
Levanta. Venha ver a luz do dia
Não quer arriscar. Pego meu espelho...
Abro uma brecha na janela e lhe mostro a luz do dia...
Através do espelho olhaste o dia....
Dirige-me seu olhar... Sorri!!!
Admira-se!!!
Tanto tempo não via a luz do sol...
Admirou-se porque através dela pode notar sua face.
Veja! Como você é belo!!!
Arriscastes um sorriso.
Abro a janela
O sol ilumina seu quarto...
Imediatamente se prontifica a modificá-lo
Aceito. Magnífico.
Busquemos os belos ornamentos que tens no quarda-roupa...
Vamos observar a beleza da natureza...
Natureza outrora sufocada na solidão do Quarto Escuro.
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