Eu escrevi um poema triste
E belo, apenas da sua tristeza.
Não vem de ti essa tristeza
Mas das mudanças do Tempo,
Que ora nos traz esperanças
Ora nos dá incerteza...
Nem importa, ao velho Tempo,
Que sejas fiel ou infiel...
Eu fico, junto à correnteza,
Olhando as horas tão breves...
E das cartas que me escreves
Faço barcos de papel!
(Mario Quintana)
Edgar Degas
O que escrevo?
Escrevo pensamentos
As vezes tristes
outras vezes alegres
As vezes Sonhos.
Desenho com as palavras
a face oculta
daqueles que admiro.
Não me importa o que dizem
Uns dizem que sou estúpida
Outros sonhadora
Outras solitária e ensimesmada.
O que penso disso?
Não me importo
Escrevo.
Busco uma forma
De desabrochar.
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