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sexta-feira, julho 31, 2009
quarta-feira, julho 29, 2009
terça-feira, julho 28, 2009
Cântico I e II
.Eu sou a rosa
Apanhai-me; assopra-me
Para que os meus aromas destilem
Leva-me. Desejo a sombra.
Abre-me. Gotejo doce aroma
Deixe-me sentir as tuas mãos
Exale o meu perfume
Beije-me. Sustentai-me com seus beijos
Sustentarei com meus aromas.
Apanhai-me; assopra-me
Para que os meus aromas destilem
Leva-me. Desejo a sombra.
Abre-me. Gotejo doce aroma
Deixe-me sentir as tuas mãos
Exale o meu perfume
Beije-me. Sustentai-me com seus beijos
Sustentarei com meus aromas.
Acordai-me!
Despertai-me todas as manhãs.
Mostra-me a tua face
Beije-me doce ao paladar
Abraça-me com suas mãos.
Faze-me ouvir a tua voz
Enleves o Amor.
Levanta-me a gotejar aromas
Despi-me aos seus pés.
.
Shooting Star
I wished...
...and then you just walked in to my dreams, step by step...
Just like I wished...
Fear of being to close or real.
In fact, you were a few steps away
From my heart...
Just like I wished...
Oh! How I wanted to sing
songs never heard before.
Just for you.
How I wished...
And in a few steps a way
from my heart...
You just walked through...
Oh!! How I wished...
...and then you just walked in to my dreams, step by step...
Just like I wished...
Fear of being to close or real.
In fact, you were a few steps away
From my heart...
Just like I wished...
Oh! How I wanted to sing
songs never heard before.
Just for you.
How I wished...
And in a few steps a way
from my heart...
You just walked through...
Oh!! How I wished...
segunda-feira, julho 27, 2009
sexta-feira, julho 24, 2009
Bem-vindo (2009) - FILME
O filme traz dois temas importantes a proibição de entrar em outros países e dois grandes amores impossíveis. Que pena que vivemos em um mundo onde não temos livre acesso a ele.
quinta-feira, julho 23, 2009
quinta-feira, julho 16, 2009
Flechinha do cupido
Vamos fazer a roda, vamos dançar
Menino fora menina dentro
Gira como relógio para dançar
Todos girando pra fora e dentro.
Agora em pares para começar
Meninas com mesuras ao centro
Lança a flechinha para alcançar
Menino sem coração dentro.
Flechinha certa; menino certo
Coração feito menina dentro
De mãos dadas vão namorarem.
Menino com coração aberto
Menina ocupa o centro
Sutura feita menina dentro.
.
segunda-feira, julho 13, 2009
sábado, julho 11, 2009
RETIRANTES
sexta-feira, julho 10, 2009
MENINA E MOÇA
Está naquela idade inquieta e duvidosa,
Que não é dia claro e é já o alvorecer;
Entreaberto botão, entrefechada rosa,
Um pouco de menina e um pouco de mulher.
Às vezes recatada, outras estouvadinha,
Casa no mesmo gesto a loucura e o pudor;
Tem coisas de criança e modos de mocinha,
Estuda o catecismo e lê versos de amor.
Outras vezes valsando, o seio lhe palpita,
De cansaço talvez, talvez de comoção.
Quando a boca vermelha os lábios abre e agita,
Não sei se pede um beijo ou faz uma oração.
Outras vezes beijando a boneca enfeitada,
Olha furtivamente o primo que sorri;
E se corre parece, à brisa enamorada,
Abrir asas de um anjo e tranças de uma huri.
Quando a sala atravessa, é raro que não lance
Os olhos para o espelho; é raro que ao deitar
Não leia, um quarto de hora, as folhas de um romance
Em que a dama conjugue o eterno verbo amar.
Tem na alcova em que dorme, e descansa de dia,
A cama da boneca ao pé do toucador;
Quando sonha, repete, em santa companhia,
Os livros do colégio e o nome de um doutor.
Alegra-se em ouvindo os compassos da orquestra;
E quando entra num baile, é já dama do tom;
Compensa-lhe a modista os enfados da mestra;
Tem respeito a Geslin, mas adora a Dazon.
Dos cuidados da vida o mais tristonho e acerbo
Para ela é o estudo, excetuando talvez
A lição de sintaxe em que combina o verbo
To love, mas sorrindo ao professor de inglês.
Quantas vezes, porém, fitando o olhar no espaço,
Parece acompanhar uma etérea visão;
Quantas cruzando ao seio o delicado braço
Comprime as pulsações do inquieto coração!
Ah! se nesse momento, alucinado, fores
Cair-lhe aos pés, confiar-lhe uma esperança vã,
Hás de vê-la zombar dos teus tristes amores,
Rir da tua aventura e contá-la à mamã.
É que esta criatura, adorável, divina,
Nem se pode explicar, nem se pode entender:
Procura-se a mulher e encontra-se a menina,
Quer-se ver a menina e encontra-se a mulher!
MACHADO DE ASSIS
Que não é dia claro e é já o alvorecer;
Entreaberto botão, entrefechada rosa,
Um pouco de menina e um pouco de mulher.
Às vezes recatada, outras estouvadinha,
Casa no mesmo gesto a loucura e o pudor;
Tem coisas de criança e modos de mocinha,
Estuda o catecismo e lê versos de amor.
Outras vezes valsando, o seio lhe palpita,
De cansaço talvez, talvez de comoção.
Quando a boca vermelha os lábios abre e agita,
Não sei se pede um beijo ou faz uma oração.
Outras vezes beijando a boneca enfeitada,
Olha furtivamente o primo que sorri;
E se corre parece, à brisa enamorada,
Abrir asas de um anjo e tranças de uma huri.
Quando a sala atravessa, é raro que não lance
Os olhos para o espelho; é raro que ao deitar
Não leia, um quarto de hora, as folhas de um romance
Em que a dama conjugue o eterno verbo amar.
Tem na alcova em que dorme, e descansa de dia,
A cama da boneca ao pé do toucador;
Quando sonha, repete, em santa companhia,
Os livros do colégio e o nome de um doutor.
Alegra-se em ouvindo os compassos da orquestra;
E quando entra num baile, é já dama do tom;
Compensa-lhe a modista os enfados da mestra;
Tem respeito a Geslin, mas adora a Dazon.
Dos cuidados da vida o mais tristonho e acerbo
Para ela é o estudo, excetuando talvez
A lição de sintaxe em que combina o verbo
To love, mas sorrindo ao professor de inglês.
Quantas vezes, porém, fitando o olhar no espaço,
Parece acompanhar uma etérea visão;
Quantas cruzando ao seio o delicado braço
Comprime as pulsações do inquieto coração!
Ah! se nesse momento, alucinado, fores
Cair-lhe aos pés, confiar-lhe uma esperança vã,
Hás de vê-la zombar dos teus tristes amores,
Rir da tua aventura e contá-la à mamã.
É que esta criatura, adorável, divina,
Nem se pode explicar, nem se pode entender:
Procura-se a mulher e encontra-se a menina,
Quer-se ver a menina e encontra-se a mulher!
MACHADO DE ASSIS
quinta-feira, julho 09, 2009
Versos do nosso Amor
O nosso amor é paciente
Às vezes compulsivo
Tendo vida própria.
O amor por si só é compulsivo.
Quer ter o desejo realizado
Quer fundir-se no outro
É um tanto inconseqüente.
Disciplino-o com a paciência
Dou a ele lápis e caneta
Oriento-o escrever seus desejos
Suas pulsões incontroláveis.
Então, ele centra-se no que é
Calmo, aguarda o amante
Atira-se aos sonhos coloridos
Passeia pelas esculturas de Rodin
Colocando-se junto de você.
Esse amor silencioso
É a própria escultura analisada
Às vezes despercebida pelos povos
As cores do nosso amor se combinam
Formamos um todo mesclado
Muitos querem saborear!
...
Tendo vida própria.
O amor por si só é compulsivo.
Quer ter o desejo realizado
Quer fundir-se no outro
É um tanto inconseqüente.
Disciplino-o com a paciência
Dou a ele lápis e caneta
Oriento-o escrever seus desejos
Suas pulsões incontroláveis.
Então, ele centra-se no que é
Calmo, aguarda o amante
Atira-se aos sonhos coloridos
Passeia pelas esculturas de Rodin
Colocando-se junto de você.
Esse amor silencioso
É a própria escultura analisada
Às vezes despercebida pelos povos
As cores do nosso amor se combinam
Formamos um todo mesclado
Muitos querem saborear!
...
Pulsão
Não tenho mais forças
Meu corpo se derrama ao chão
Restam apenas às pétalas
Das nossas rosas vermelhas.
Meu coração desacelera
Um golpe de ar forte
Invade minhas narinas
Com ele o seu perfume.
As válvulas de meu corpo
Retomam as funções
Todo meu corpo pulsa
Em vermelha rosa ao chão.
Já transformada
Toda razão me permanece
Sou seu jardim!
Banhada pelo rio do Amor.
Refeita em rosas
Singelo símbolo do Amor
Da vida, da morte
Meu corpo se derrama ao chão
Restam apenas às pétalas
Das nossas rosas vermelhas.
Meu coração desacelera
Um golpe de ar forte
Invade minhas narinas
Com ele o seu perfume.
As válvulas de meu corpo
Retomam as funções
Todo meu corpo pulsa
Em vermelha rosa ao chão.
Já transformada
Toda razão me permanece
Sou seu jardim!
Banhada pelo rio do Amor.
Refeita em rosas
Singelo símbolo do Amor
Da vida, da morte
A sua rosa vermelha.
****
Silêncio
Vejo a minha frente o horizonte
E um silêncio invade meu ser!
.
Espero respostas do próprio silêncio
Que talvez saiba a palavra exata
De tudo o que temos a frente!
******
quarta-feira, julho 08, 2009
VISIO
...
Depois, naquele delírio,
Suave, doce martírio
De pouquíssimos instantes
Os teus lábios sequiosos,
Frios, trêmulos, trocavam
Os beijos mais delirantes,
E no supremo dos gozos
Ante os anjos se casavam
Nossas almas palpitantes...
Depois... depois a verdade,
A fria realidade,
A solidão, a tristeza;
Daquele sonho desperto,
Olhei... silêncio de morte
Respirava a natureza, —
Era a terra, era o deserto,
Fora-se o doce transporte,
Restava a fria certeza.
Desfizera-se a mentira:
Tudo aos meus olhos fugira,
Tu e o teu olhar ardente,
Lábios trêmulos e frios,
O abraço longo e apertado,
O beijo doce e veemente;
Restavam meus desvarios,
E o incessante cuidado,
E a fantasia doente.
Depois, naquele delírio,
Suave, doce martírio
De pouquíssimos instantes
Os teus lábios sequiosos,
Frios, trêmulos, trocavam
Os beijos mais delirantes,
E no supremo dos gozos
Ante os anjos se casavam
Nossas almas palpitantes...
Depois... depois a verdade,
A fria realidade,
A solidão, a tristeza;
Daquele sonho desperto,
Olhei... silêncio de morte
Respirava a natureza, —
Era a terra, era o deserto,
Fora-se o doce transporte,
Restava a fria certeza.
Desfizera-se a mentira:
Tudo aos meus olhos fugira,
Tu e o teu olhar ardente,
Lábios trêmulos e frios,
O abraço longo e apertado,
O beijo doce e veemente;
Restavam meus desvarios,
E o incessante cuidado,
E a fantasia doente.
...
Machado de Assis
terça-feira, julho 07, 2009
Ações no mundo
Mundo! Pequenas ações lhe desenham
Os homens não são desenhistas nem pintores
São homens com canetas na mão prescrevendo de tudo
.
Elda Oliveira
Elda Oliveira
domingo, julho 05, 2009
sexta-feira, julho 03, 2009
quarta-feira, julho 01, 2009
Livros e flores
Teus olhos são meus livros.
Que livro há aí melhor,
Em que melhor se leia
.
A página do amor?
Flores me são teus lábios.
Onde há mais bela flor,
Em que melhor se beba
O bálsamo do amor?
Machado de Assis
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