Silêncio. Apenas na minha cabeça os sons. As vezes vozes dos cachorros. Não, não foi uma escolha. Foi o destino que silenciou. Diálogos com os autores que também foram silenciados. Tantas conjecturas me vêm a mente, com quem expor tais ideias. Penso, ensimesmada. Pela telinha vejo o mundo desaguando. Que medo! Na verdade medo não, tristeza. O homem roubou o espaço da natureza. Ela está revoltada. Quer de volta o seu espaço. Minha maior preocupação é pensar nos espaços que já tomei... ou daqueles que deixei de ocupar. O melhor mesmo e ficar quietinha. E ver a natureza se revoltando contra o homem que roubou o seu espaço.
Rio Grande do Sul. Enchentes. 2024