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domingo, julho 09, 2006

Os negros não são negros. Os brancos não são brancos.

Lendo o livro "Os italianos do historiador João Fábio Bertonha" chama minha atenção quanto ao preconceito e racismo. Todos sabemos, inclusive os menos informados brasileiros os conflitos que existem entre a região sul é norte da Itália. No Brasil sempre ouvimos o seguinte: "Os italianos que vieram pra cá são os brutos que não serviam à Europa”. Escrevo essa afirmação somente para mostrar aos leitores que o preconceito que existia (existe) na Itália foram trazidos pelos imigrantes. O que me leva a escrever este posto é; segundo o autor, os sulistas (italianos do sul) chegaram a ser considerados “Não Brancos” pela maior influência do mediterrâneo, enquanto o norte influência Européia. Houve época em que os Estados Unidos vedou a entrada de sulista.
Vejamos como se descreveu como era visto um escritor negro americano:

“Eu sou um homem invisível. Não, eu não sou um fantasma como os que espantaram Edgar Allan Poe; nem sou eu um de vossos ectoplasmas dos cinemas de Hollywood. Eu sou um homem concreto, de carne e osso, fibra e líquidos – e de mim pode-se até dizer que tenho inteligência. Eu sou invisível, entenda-se, simplesmente porque as pessoas recusam ver-me. Como a cabeça sem corpo, que às vezes se vê em circos acontece como se eu estivesse cercado de espelhos de vidro grosso e que distorcem a figura. Quando eles se aproximam de mim, eles vêem apenas o que me cerca, se vêem eles mesmos, ou construções de sua imaginação na realidade, tudo, exceto eu mesmo (Ellison, 1965)”.

Percebemos que o racismo e o preconceito gira em torno da raça humana. Ainda hoje notamos alguns pré-conceitos em relação à raça, cor, religião entre outros. Convivi durante três anos com um senhor judeu que sobreviveu ao campo de concentração aonde perdeu alguns irmãos, cito este senhor porque tecíamos alguns argumentos correlacionando com a história dos judeus, dos negros e outras.
Os negros viveram (vive) uma das maiores atrocidades da humanidade, fato ignorado pelo mundo globalizado. Vivendo em um país em desenvolvimento, habitado em sua maioria por negros percebo algumas atrocidades silenciosas.
Que mundo louco é este onde italianos de pele branca são negros, e negros de pele negra são brancos. Percebemos que a regra do jogo não é a raça negra que contrasta com o branco, mas fatores econômicos que sustenta a ambivalência esquizofrênica do mundo.

To be wroth one we love
Doth work like madness in the brain.

Ter raiva de alguém que amamos e
como uma loucura no cérebro.

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