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quinta-feira, agosto 30, 2018

Atualizando Walter Bejamin

Escolhi ler Walter Benjamin, depois de escutar Maria Rita Kehl, apaixonadamente discorrer sobre o autor. No livro, Obras escolhidas, Magia e Técnica, Artes e Políticas, em “A Imagem de Proust”, veio a inspiração da postagem.

Algumas frases me chamaram atenção, como por exemplo, “Um acontecimento vivido é finito, ao passo que um acontecimento lembrado é infinito, porque é apenas uma chave para tudo o que veio antes e depois.”

Na história do meu passado, um fato grita na minha mente e implica o presente. Minhas ações são gotejadas por aquele passado, que me machucou de forma tão leve, no qual outra frase faz sentido,

“As rugas e dobras do rosto são as inscrições deixadas pelas grandes paixões, pelos vícios, pelas intuições que nos falaram, sem que nada percebêssemos, porque nós, os proprietários, não estávamos em casa.”

É ótimo uma leitura que possa dialogar com a nossa existência. Benjamin narrando Proust, trouxe sentido as experiências que vivi. Ontem mesmo, perguntei ao agressor/a o significado daquela história. A resposta foi o silêncio no qual posso fazer qualquer leitura, assim, a resposta veio por Benjamin:

“A atitude do esnobe não é outra coisa que a contemplação da vida, coerente, organizada e militante, do ponto de vista quimicamente puro, do consumidor. [...] O consumidor puro é o explorador puro.”

O consumir deve ser lido, "agressor/a, sarcástico/a, explorador/a". 

Finalizo, concordando, em partes com o autor de que “Não temos tempo de viver os verdadeiros dramas da existência que nos são destinados.” Para mim, faz mais sentido, de outra forma -  Não temos tempo de entender os dramas da existência, porque mal acaba um entra outro.



Walter Benjamin: A História de Proust.

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