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sábado, setembro 02, 2017

O Facebook

O Facebook é um lugar de narrativas. As narrativas ocorrem de diversas formas. O que me chama atenção é - às pesquisas nacionais e internacionais destacam que, as pessoas estão cada vez mais sentindo-se deprimidas, consomem anti-depressivos, há o aumento do suicídio e assim por diante. Todavia, quando entramos no Facebook temos uma ilha dos prazeres. Há postagens de todos os tipos de felicidades. Pessoas discursando suas felicidades. De fotografias "selfs" à belíssimos lugares como se o mundo estivesse no paraíso. 

A construção Paradisíaca do Facebook contradiz a realidade. Fico me perguntando: Qual o motivo dessa "nova" construção do real? No momento em que o sujeito senta na frente do Facebook ele está construindo um mundo o qual gostaria de viver; ou está tratando sua dor? Para quem são postadas as mensagens no Facebook? Há outros questionamentos; todavia fico nestes.

Alguns podem achar essa conversa como blá blá blá. No entanto, falo de minha própria experiência que faço diálogos com algumas pessoas, que na realidade estão em frangalhos. Contudo, ao passar por seus espaços no Facebook lá a vida é maravilhosa. Há pessoas que dizem ser marxistas "de nascimento", mas nas atitudes cotidianas são mais mercenários que o dono da maior empresa mundial. Pessoas que afirmam marxistas e fazem do espaço público um espaço privado, meritocrático. Vivemos uma contradição. Diante de tantas incoerências, me pergunto, que mundo estamos construindo, aonde vamos chegar.

São reflexões que não querem se calar. Minha atitude frente ao Facebook e a vida contraditória são - não postar nada no Facebook e investigar o sofrimento psíquico que está assolando às pessoas que chegam em massa na Atenção Primária à Saúde.