Ele não conseguiu acessar meu coração, não fez rebentar o amor da minha existência. A sua brutalidade no silêncio, fechava a porta da minha sensibilidade. Oh!! Quem será aquele capaz de dominar meu coração indomável.O tempo passa. Os passantes passaram e meu amor ficou. Como um orvalho que aparece de tempos em tempos, assim são os passantes que querem meu amor.
Hermeticamente fechado meu coração faz menção de abertura. Nos lapsos de abertura, ouço sons homéricos e indecifráveis. De onde vêm o som? São homens e mulheres que tiveram roubados o coração. Os piratas se foram e levaram os corações desses. Os piratas necessitam dessas ações para sobreviverem, sem elas morreriam.
Nas minhas inquietações busco respostas para a realidade bruta, que se apresenta no mundo capitalista e leva homens e as mulheres a serem cooptados pelo mais valor, até mesmo do Amor líquido, como diria Bauman. E eu, eu mesma, preciso entrar no mundo hegemônico com a língua hegemônica ainda por mim, balbuciada.
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