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sábado, abril 11, 2009

OS ESCOLHIDOS

Ainda que
Vivêssemos duas vezes mil anos
Nós lavemos com ricos ungüentos
Entregássemos aos prazeres
Adornássemos de pérolas
Oferecessem-nos uma casa cheia de ouro
Recebêssemos todos os bens terrestres
Estivéssemos entre os mais poderosos
Chamássemos de Rei ou Rainha
Tivéssemos todas as nações
Em mãos todas as moedas
Tenhais-vos deitado em cama de ouro
Ainda há razões por nosso adereço

Arco das nuvens

Ainda que
Conhecêssemos todo universo
Tivéssemos o princípio de toda sabedoria
Conhecêssemos os segredos da sabedoria
Tivéssemos toda a sabedoria
Não cometêssemos injustiça
Vossa altivez suba até ao céu
Vossa cabeça chegue até as nuvens
Aniquilásseis toda inteligência
Acreditásseis nas palavras
Façam alianças com vossas palavras
Estimes seu coração como se fora o coração de Deus
Não há HOMEM a sentar em sua cadeira

Ainda que
Cometessem mentiras a riscos de nossas vidas
Com lágrimas confessemos
Gritem-nos aos ouvidos com grande voz
Ofereçam-nos por sacrifício
Crucifiquem-nos pelo credo
Nossos dias não se cumpram
Negásseis
Corrompêsseis
Escandalizásseis
Clamásseis nossa destruição
Se gloriem de seus poderes

Vós encurvareis as nossas cabeças
Diante do SOL.

Ainda que
Roubem nossas heranças
Distribuíssemos todos os nossos bens
As flores não floresçam
As arvores não de seus frutos
Nossos gados sejam mortos
Passássemos cinco anos de fome
Morrêssemos no deserto com oitenta e cinco anos
Lambêssemos água do rego
Escravizásseis por sete anos
Aumentásseis o nosso jugo
Julgásseis sem causa
Na cidade adereçada não recordaremos.

Vós! Recordarão.

Ainda que
O mal seja doce em vossas bocas
Nunca víssemos o sol
Tenhamos sede
Entrelacem-nos com espinhos
Enchêssemo-nos de pestes
Andássemos no vale da morte
Gritássemos por socorro sem escuta
Ficássemos pó e cinza
Arrancásseis nosso ventre
Arrancásseis nossos filhos do ventre
Consumísseis nossa pele
Cortásseis nossas pernas
Quisésseis o nosso sangue
A arca contém a aliança da vida e da morte


Ainda que
Viesse multidão de inimigos
Destruísseis nossa casa
Espalhássemo-nos pelas terras
Morássemos em terras secas
Andássemos pelo fogo
Sentíssemos contínua dor
A terra caia sobre nós
Metade de nós morra
Aqui todos morram
Matásseis nossos sábios

Matásseis nossas crianças
Cobrísseis com sombra da morte
Cavem até o inferno nossa cova

Se vivermos, para Ele vivemos;
Se morremos, para Ele morremos.

Ainda que
Exército nos cercasse
Venha uma multidão como areia do mar
Guerra se levantasse contra nós
Fugíssemos das armas de fogo
Seja necessário todos morrermos
Viésseis todos os valentes contra nos
Fizésseis de milagres perante nos
A terra trema e se mude
Os montes se transportem
As águas rujam
Se levantem ondas gigantes
O mar se revolta contra nós
Que tudo não vos bastásseis
Ainda há razões a favor dEle.


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