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domingo, maio 27, 2007

Dança do coração

Fecho os olhos

Olho para dentro de mim

Todo o meu interior pulsa

Do meu coração parte a melodia

Minha respiração se altera

Levando mais vida ao meu corpo

Minha mente conecta-se ao coração

Meus pés dançam a melodia

Deslizo no espaço

Ao ritmo descompassado do meu coração.

Elda Oliveira

domingo, maio 20, 2007

Flor de laranjeiras

Ah! Que prazer poder falar com você.
Que homem educado! Dê-me um abraço!
Essa é uma mania dos apaixonados
Ter este homem só meu; ele é gracioso como o som.

Meu coração se apaixonou por sua voz tão pura
Estou embriagada por ele; dos meus lábios escapam suspiros
O meu coração fica feliz e bate apressado com alegria.
Não sei dizer se é felicidade o que sinto.

Essa alegria misteriosa é tão nova...
Quero viver assim... Morrer assim...
No encantamento que nos une em um amor sagrado
E que este momento feliz nunca tenha fim.

São dias dia tão felizes...
Gostaria que minha vida fosse sempre assim
Como se nos bosques de flores...
Um bosque de laranjeiras.

Venho para mostrar-te o Amor...
Ele não pode mais ver!
O que eu posso fazer?
As flores de laranjeiras farão que ele sinta...

Sempre esqueço que não podes enxergar
Meus passos esmagam as ruas nos bosques
Aqui será o nosso ninho do amor
No leito das flores de laranjeiras.

Flor de laranjeiras...
São as flores do leito nupcial...
Que gosto agradável o seu beijo...
Minha vida é honra estão em suas mãos.

Que maravilha estar sobre as flores de laranjeiras...
É um dia pra sempre se lembrar...
Quero viver; morrer assim...
Silêncio...

Caríssima! Devo contar-lhe uma novidade.
Tenho uma namorada! Ciumenta.
Devo partir. Partir em fretta...
Não posso ficar.

Desalmado... Não há em você nem um pouquinho de piedade?
Oh, céus... Vou me matar!
Não. Esperarei o tempo que for necessário...

Enquanto retomas a visão...

.

Il cappello di Paglia di Firenze

As flores





terça-feira, maio 15, 2007

Rubrica de um dia

Eu-Elda

Dia frio - 17 ºC necessário agasalho para sair.
Cidade cheia, povo ensimesmado. Metrô lotado, trânsito parado. Multidão com olhos fixos em leituras.
O moço loiro de olhos claros, barba ruiva cochila entre a multidão. O médico soletra - leptospirose, dengue, gripe, depressão, cardiopatias. Coração em descompasso, pulso fraco, baixa pressão. Nas calçadas - pipocas, cachorro-quente, cafés. Mundo europeu-americano nas vitrines.
Almoçar com amigo?! Demarco os passos em descompasso des–conhecido. No restaurante naturalmente o argumento é a próxima refeição.Fugiu do almoço na última garfada de arroz-doce. Medo do nada acontecido. O telefone - não para de tocar.

segunda-feira, maio 14, 2007

Hilaire-Germain-Edgar Degas, Alice Villette, Oil on linen canvas, 1872.

Na casa triste da espera.


Quase nada nunca se altera.


C.D.A

domingo, maio 13, 2007

Às Mães

Suas Mãos.

Aquele doce que ela faz quem mais saberia fazê-lo?

Tentam. Insistem, caprichando.

Mandam vir o leite mais nobre.

Ovos de qualidade são os mesmos, manteiga, a mesma, iguais açúcar e canela.

É tudo igual. As mãos (as mães?) são diferentes.

Carlos Drummond de Andrade

sábado, maio 12, 2007

Negro branco

Um dia. Estava eu no ambiente onde se dizem intelectuais...
Quando alguém soltou o seguinte comentário a uma terceira pessoa – “Faça trabalho de branco”. Ouvi a afirmação e continuei minha fala normalmente; ao concluir pergunto a essa mesma pessoa. Quem fazia os trabalhos dos brancos?
Resposta – As mucanas, e elas não eram negras...
Esse mesmo indivíduo então me diz – Você é preconceituosa...
Observo fixamente; não dou nenhuma resposta. Pensei comigo – Ou o indivíduo não entendeu sua narração ou é ignorante e não sabe história dos chavões do Brasil. Mas me recorro à frase de mestre Gilberto Freyre –

“Todo brasileiro traz na alma e
no corpo a sombra do indígena ou do negro”
.

Mundo! Pequenas ações lhe desenham.

Os homens não são desenhistas nem pintores.

São homens com canetas na mão prescrevendo de tudo.

Elda Oliveira

FERNANDO PESSOA

Non sono niente.

Non sarò mai niente.

Non posso volere d’essere niente.

A parte questo, ho in me tutti i sogni del mondo
.


Nick ha messo in suo blog
Questa è una cosa da pensare troppo
Pensiamo insieme

quarta-feira, maio 09, 2007

Quem é este?

Lautrec

Quem é este?
Que consome minha energia
Invade meu pensamento; faz-me compulsiva
Pondo minha saúde em risco

Quem é este?
Que ameaça meu trabalho
Diminui minhas noites
Ameaçando minha vida.

Quem é este?
Que rouba minha juventude
Rompe com minhas fidelidades e mesuras
Balbuciando a geração futura!

Quem é este?
Disposto em minha frente
Que na troca de olhares ilumina meu ser
Enche-me de alegria; levando-me a sorrir

Não há motivo de espanto!
Todos os poetas já falaram dele
Já foi tema de muitas novelas
Ele é o AMOR!

Vamos.
Entre para a dança
Cantemos! Dancemos!
Cada Paula com seu Paulo.

.

.

Eu


Tempo passando...

terça-feira, maio 08, 2007

Luz na escuridão

Renoir in a thrilling new light

Mundo.

Quantas adversidades. Insanidade mental: violência, ganância, inimizade, ódio...

O que pensa esses passantes sanos e insanos da vita?

Pensam ser tudo novo debaixo do sol? Ilusionistas...

Fixo meu olhar na vida... Vejo

O vermelho do sangue invade a visão...

Vermelha vida e do corpo estirado da violência...

Pangéia... Buscam o Papa Paz...

Aumentam ciência logo longevidade de vida.

Vida impura.

Aumenta tristeza e morte...

Seleção Natural Caminhos...

A planta do meu pé germina AMOR...

Não posso mais ver... Sinto

Sinto a imensa escuridão do azul-marinho...

Os perfumes das laranjeiras

Esmago com meus pés as folhas secas

Que murmuram onde devo ir...

Quando toco no chão duro...

Sei que devo girar...

Terminado o laranjal...

Vêm as flores...

Manhã linda com espinhos a superar...

Ao crepúsculo vejo as flores já sem espinhos...

Não posso mais ver...

Que acordo desacordado...

Sem Poesias...

A vida!

Desajustada sem AMOR...

Elda Oliveira

domingo, maio 06, 2007

DEUS

"Deus costuma usar a solidão
para nos ensinar sobre a convivência.
Às vezes, usa a raiva,
para que possamos compreender
o infinito valor da paz.

Outras vezes usa o tédio,
quando quer nos mostrar a importância da
aventura e do abandono.
Deus costuma usar o silêncio para nos
ensinar sobre a responsabilidade
do que dizemos.

Às vezes usa o cansaço,
para que possamos compreender
o valor do despertar.
Outras vezes usa doença,
quando quer nos mostrar
a importância da saúde.

Deus costuma usar o fogo, para nos ensinar
sobre água.
Às vezes, usa a terra,
para que possamos compreender o valor do ar.
Outras vezes usa a morte,
quando quer nos mostrar
a importância da vida".

(Fernando Pessoa)