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quarta-feira, julho 05, 2006

Crise

Marcel Duchamp,1952

CRISE. Quem não passou por uma? O que seria desconhecido é o ideograma chinês da palavra que separadamente seria risco e oportunidade unindo-se forma a palavra CRISE. Vejamos a afirmação:

Se existe algo que se aproxima da nossa visão, é a palavra crise em chinês, que é composto por dois ideogramas: risco e oportunidades. Assim tenta-se fugir da postura que encara essa ocorrência como algo puramente” indesejável “; algo que necessite somente de um alívio. Durante a crise, ocorre uma brecha nas defesas do indivíduo, possibilitando rearranjos, novas respostas. (Paulo Bloise, 1993)”.

Considerando que a partir da crise temos saídas e oportunidades acredito que passaremos a apostar nas contradições, ou seja, nas crises sejam estas financeiras, jurídicas e amorosos.


Do meu ponto de vista apenas temos a crise quando vivemos, interagirmos com o outro o que vai compondo as nossas vidas. Reagirmos somente aquilo que tem sentido para nós. Eu não me incomodaria com a morte do peixinho de estimação da minha vizinha, mas quando o peixinho faz parte do meu aquário, está perda terá um outro sentido. Não que eu não goste de peixe; segundo Tanatori são essas coisas que nos dão sentido a vida.

“Fazendo atividades, dialogando com outras pessoas, transitando por lugares, vão sendo criados sentidos para a própria existência. Mostrar ao outro aquilo que fez, contar sobre o dia que passou, preparar-se para o dia seguinte, ter projetos com outras pessoas vai compondo um dia-a-dia que reflete uma história pessoal, uns cotidianos singulares, necessários para a continuidade da vida do sujeito (Takatori, 2001)”.

Parece que minha afirmação a respeito do peixinho leve os leitores a pensar que não me preocupo com a sociedade e a maneira como ela se organiza e vive. Ao contrário, está é uma das minhas inquietações, pois cada dia percebo indivíduos realizando estupidez, até mesmo por meio de comunicação aonde deveria ser apenas para divertimento e trocas de experiência, a fim de aumentarmos nosso repertoria na vida.

Enfim, acredito que a sociedade está passando por uma crise nas suas vivências para em seguida vir com uma alternativa suprema...

2 comentários:

Anônimo disse...

Elda,
parece que a crise ronda a todos nós. Como você mesma disse, a morte do meu peixinho me afeta mais que a morte de milhares de pessoas em um tsunami do outro lado do mundo. Suas palavras são um alento e bom lembrete para quem, como eu, também está na crise. Quem sabe dela virá uma nova situação, livre de todos os entulhos que não tinhamos coragem de jogar fora e que a crise nos obriga a enfrentar. O seu texto fala da crise da sociedade, é a violência, a ética (falta dela), as finanças, a saúde, o meio ambiente, parece que tudo está prestes a involuir, ou a explodir. O bom é que dessa situação virá "uma alternativa suprema".
Amélia

Anônimo disse...

Elda, Vou a São Paulo na semana que vem. Meu marido é comerciante e vou aproveitar que ele irá fazer compras para visitar a cidade e alguns parentes. Você pode me dar alguma boa dica de shows, teatro, passeios, melhores lugares para comprar bem e barato e restaurantes?
Um abraço, Amélia